Esse é um bebê elefante se refrescando numa bica que encontrou sem perceber que estava sendo observado por elefantes maiores "que eram donos do pedaço" ele começou a estufar o peito e bradar toda sua alegria
por desfrutar de toda aquela chuva repentina de águas tão cristalinas que ele encontrou...
Então ele abriu os olhos e percebeu que estava incomodando os elefantes e os homens que cuidavam daquela área reservada do parque em que se encontrava e retornou ao seu lugar de origem... contudo aquelas águas, e aqueles momentos permaneceram gravados na sua memória fotografados nas suas lembranças dos momentos de paz, alegria, refrigério, e plena satisfação que ele desfrutou... ainda que por tão pouco tempo o mantiveram vivo por toda a sua existência.
No nosso dia a dia, encontramos alguns elefantes extraordimários, magnanimos... belos... fortes... robustos...superiores a nós...contudo na íntegra não queremos eles ao nosso lado em algumas situações, pois eles geram certo desconforto pessoal, quando somos comparados com eles, infelizmente no universo da competitividade em que vivemos,
isso é algo natural, percebe-se desde a infancia, quando as crianças por mais amigas que sejam,
não querem partilhar seu lanche, seu brinquedo, sua sincera opinião, na adolescencia torna-se pior, pois com os hormônios a flor da pele, para não sermos rotulados como aborrecentes, aprendemos a desenvolver
como nosso mecanismo de defesa, a indiferença a àquilo que necessariamente nos pertuba,
sublimamos tal realidade e fingimos não sentir ou perceber os superlativos comparativos
da beleza da amigo (a), da inteligencia, da desenvoltura, dos talentos, da simpatia,
e tudo aquilo que chama a atenção das pessoas que nos cercam.
E então, as brincadeiras de criança, as conversas juvenis, a confiança dos segredos
trocados, das confissões expressas, tudo isso se perde diante do mundo coorporativo e competitivo
que enfrentamos na vida adulta, e que envolve e se desenvolve em todas as relações,
de trabalho, de escola, da família, da igreja e até dos relacionamentos pessoais,
as vezes até repletos de verdadeiras emoções, sentimentos, aspirações, sonhos, realizações,
mas que escorrem pelas águas turvas da cascata que nos faz submergir na profundidade do
nosso egoísmo, de não enxergarmos nossas próprias limitações, deformações, pavores e terrores
guardados em nós mesmos, e que vêm à tona frente ao sucesso de alguém que julgamos superior ou até inferior a nós mesmos... nossa insegurança secreta, é o medo de perdemos o território, que por mérito próprio ou não, julgamos ser eternamente nosso. E assim ocupamos todos os lugares, e nos encarregamos de todas as tarefas, e vestimos nossas vestes heroínas, sacras, imaculadas, e nos intitulamos dos rótulos mais
cabíveis e intocados, doutor, mestre, bispo, apóstolo, pastor, chefe, pai, marido, esposa, nos esforçamos e nos empenhamos para voltarmos a ser aquela criança, que não chora, que não sente dor, que não perde,
que não erra nem admite erros dos outros, que está sempre limpa e que tem os brinquedos melhores e mais caros, e claro, que sabe perder com elegancia.
Precisamos rever nosso conceito sobre realização pessoal, e entendermos melhor
como funciona a realização do outro, à famosa empatia, que os líderes tanto falam, que às vezes é simplesmente um banho de bica para o elefante bebê, ou um mergulhar na profundidade, com ou sem roupa de mergulho, quase um suicídio altuísta, o famoso sincericidio, que despertará no outro, que as vezes é o proprietário do pedaço, ou o mordomo intolerante, o desejo de expulsá-lo ( o elefantinho), daquele reino particular que ele conquistou para administrar, mas que é a satisfação plena dele, a sua subsistencia está em jogo, sua reputação, seu brinquedo do coração...
Portanto, para não cometermos tais erros, não julguemos pela aparência, nem nos incomodemos com os elefantes tomando banho na nossa suposta fonte, que jorra cristalina, ele como eu e você também precisa se refrescar e se lavar! Deixemos de lado pois, nosso orgulho e egoísmo, para não castrarmos os sonhos alheios, nem cometermos um homicídio doloso da imagem do outro, que assim como eu e você também tem defeitos e qualidades, aquele pois que está em pé tenha cuidado para não cair, mas se alguém ao seu lado cair, não passe de largo, vá ao seu encontro e estenda sua mão, até que ele fique em pé!
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