Cuidado com os lobos devoradores deste século...
OO mundo jaz no maligno, e todas as pessoas estão perplexas com os últimos acontecimentos nesses anos, contudo muitos estão sendo enganados nas vãs filosofias humanistas, que investem pesado nos seus conceitos dogmáticos, de que o homem é livre, e deve usar de sua liberdade da maneira que lhe convier, sem prestar contas a niguém, afinal tudo o que vemos é relativo, pois depende da ótica e do pano de fundo do observador, e assim vamos construindo a sociedade moderna, abandonando nossas roupas antigas de valores morais conservadores, em que a máxima deveria ser o respeito e o bem comum partilhado com meu próximo, seguindo o Evangelho de Jesus, fazendo aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem. Mas nesse contexto relativista que vivemos, cada um tem sua verdade e, portanto deve ser livres de julgamento alheio ou pressupostos.
Em João 3.16, vemos a máxima da missão de Jesus, explicita a todos os homens de todas as gerações, aquele que não viu pecado, veio ao mundo em forma de homem, e em dores doou sua vida e derramou seu sangue puro, na cruz do Calvário por todo aquele que nele cresse.
Nós que assumimos nossa profissão de fé, na cruz de Cristo e na sua obra redentora, ficamos estupefatos com o que muitos homens e mulheres, intitulados como representantes de Deus têm feito aqui na terra, apesar de sabermos que no final dos tempos isso aconteceria, ainda assim nos surpreendemos, pois só a trindade santa conhece o joio, que cresce junto ao trigo.
Nessa era em que vivemos, a igreja deixou de ser gente e passou a ser local ou bens, a tal famosa propriedade privada, que até Marx percebeu como mal a sociedade. As igrejas hoje estão repletas de defensores do patrimônio dela. Minha nossa, me lembro muitas vezes em que as ofertas missionárias deixaram de ser enviadas, por causa da urgente e extrema necessidade da troca do som da igreja, ou do piso, ou do concílio que o pastor precisava ir. Lamentavelmente assim como eu vivia, muitas ovelhas vivem subjulgadas ainda pelos títulos honoríficos, que seus líderes tão pomposamente assumem e investem e que eu abri mão por perceber que os títulos mais afastam do que aproximam o pecador de Cristo, como Paulo fez, quando renunciou seus títulos e fez sua defesa de fé diante do sinédrio. Viví uma escravidão e culto a mim mesma, por muita tempo cultuei essa imagem como vontade de Deus para minha vida, era uma defensora ostensiva do sistema que tão latentemente gritava dentro de mim suas injustiças e seus abandonos.
Também viví a fase dos reformadores secretos, meu Deus, eu imaginava que conseguiria mudar algumas verdades absolutas e assim aconteceria a abolição das divisões das classes, dos santos e profanos, dos sujos e dos limpos, dos líderes santos e dos liderados rebeldes, lutei com todas as armas possíveis, mas sem nenhum resultado favorável a simplicidade do Evangelho de Jesus, abandonei minha carreira de lutadora de uma causa que na íntegra só existia nos bastidores, ou nos círculos de oração, dos amigos íntimos. Mas crescí muito em todas essas batalhas, e hoje reconheço a mão de Deus nisso tudo, pois cada dor, de acusação, abandono, mentira, desrespeito, falta de amor, de cuidado, de confronto também e de instrução, me fizeram perceber o grande exercito reserva da Igreja invisível que caminha triunfante espalhado pelas diversas denominações evangélicas.
Agora aprendí que sou ovelha, e que ovelha é quem gera ovelha, que pastor tem que ter cheiro de ovelha e não de pastor, que pastor vai atrás da ovelha perdida, que pastor ama a ovelha, e por amá-la a coloca no colo, sem medo de sujar-se com ela, tira os carrapichos, corta os nós do pelo, tosquia, enquanto ela com o pescoço esguio e tremendo fica quieta, com medo de machucar-se, mas por estar no colo do seu pastor zeloso, ela fica em silencio enquanto ele trata de remover a sujeira dela, depois chega o momento mais doído para os dois, ele põe o bálsamo cicatrizante. Como ovelha estou crescendo, me alimentando, num solo fértil, pastando em campos verdejantes, desfrutando de sombre, bebendo água fresca, correndo com outras ovelhas pelos campos, gerando muitos filhos na fé, sem precisar arvorar uma bandeira, apenas amando os perdidos e me esforçando por alcança-los, e depois encaminhá-los para uma igreja que seja gente e não um local.
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