Alerta aos soberbos
A palavra nos exorta quanto a soberba e ao orgulho, e ao perigo das riquezas, como algo latente e inerente ao coração dos homens, todos nós de alguma forma queremos nos sobressair em alguns aspectos, enquanto homens e mulheres inteligentes, e produtivos, queremos ser admirados, respeitados, imitados, inspiradores, entusiastas, mobilizadores, líderes em potencial, e instigar pessoas a mudarem de atitudes. Até certo ponto, toda esse leque de oportunidade de aparecer é natural, desde que isso se torne o centro das nossas faculdades intelectuais, e ocupe o trono do nosso coração, aí é onde reside todo o perigo. Porque envolvidos, na sedução do nosso ego, super estimado por nós mesmo e paparicado pelo nosso intelecto, começamos a não ouvirmos os outros, a sociedade, nem o mundo que nos rodeia, a isso chamo de cadeia do egocentrismo, td gira em torno de nós mesmos e nada mais nos interessa.
Dada a cadeia do egocentrismo nas nossas vidas, todo o resto desaparece, o amor, a paz, a alegria, a realização, o prazer, a confiança, a auto estima saudável, as amizades, os relacionamentos, a família, nada mais faz falta no universo narcisista dos auto suficientes e arrogantes disfarçados e caricaturados em figuras legais.
Temo muito conviver com pessoas assim, que só fazem o que lhe dão na telha, só ouvem o que lhe agradam, só produzem qdo estão a fim, não sentem a dor alheia, pouco se importam com a miséria, com a dor, com o fracasso, com a queda, com a tristeza, zombam das lágrimas, dos aconselhamentos, das amizades e dos relacionamentos. Como altistas disfarçados, vivem cientes do mundo, mas indiferentes a todas as questões que os rodeiam, não estão nem aí para nada, exceto quando eles é que sentem a dor. Não compreendo que esse seja os frutos do evangelho de hoje, a igreja todos dizem que é um hospital, mas se há alguma ovelha doente, ou é ignorada, ou é escanteada, ou é colocada de lado, sem nenhuma supervisão ou tratamento, ou simplesmente esperamos que ela siga outro rumo.
Me constrange ler as escrituras e ver o quanto estamos distante na prática do evangelho que pregamos, por isso há muitos entre nós que dormem, e outros que comem do pão indignamente, pq não discernem o corpo, não sentem as dores da cruz, lamentavelmente, esse é o contexto atual, imediatista, fast food, capitalista, de resultados, de produtividade, de exército reserva se acumulando nas imensas filas do hospital que alguns chamam alegoricamente de igreja.
Assim, como Lutero precisou fazer uma reforma na Igreja Católica naquele contexto em que tudo se vendia, inclusive as convicções, e que o medo das cruzadas, da santa inquisição desencorajava quem abrisse a boca, muitos hj preferem o silencio e optam por se calar pelos corredores e bastidores das instituições, porque a coragem e audácia dele é louvada, mas jamais imitada, senão configura, pecado de insubmissão e feitiçaria, contra o clero eclesiástico, e por isso cada um pode abrir sua igreja, de acordo com o gosto do freguês, numa miscelânea religiosa, repleta de sincretismo e rituais melhorados e adaptados ao sistema do capitalismo neoliberal, e assim as ovelhas tem liberdade de expressão para serem o que quiserem, onde quiserem e ponto final.
Alguém aí se arrisca a dizer: Não me engonho do evangelho, porque ele é o poder de Deus???... Num efeito dominó muitos nesses dias tem caído e derrubado outros tantos, por falta de firmesa e convicção, e por terem sido plantados em terrenos escorregadios. A palavra nos ensina que Deus exlatará os humilhados e abaterá os soberbos, que a síndrome de Lúcifer não lhe vença e nem tome para si seus 5 sentidos, para que vc não seja como um andarilho errante, vivendo numa montanha russa emocional, certamente Deus não tem prazer nisso, ele quer nos ver andando a passos firmes rumo ao alvo, e não desejando as cebolas do Egito.
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