sexta-feira, 2 de abril de 2010
Arrancando BAAL, o "deus do individualismo" das nossas entranhas!!!!
Texto: Malaquias 1:6-14.
Introdução: Vivemos dias difíceis e conturbados. Dias em que o amor a Deus e ao próximo é desnecessariamente desvalorizado e desprezado. Dias de grandes tulmutos, dias de guerras frias familiares, de pais contra filhos e filhos contra pais, de amigos que matam seus amigos, de vizinhos que roubam, enganam, e conjectura fraudar o que não lhe pertence, na ânsia de possuir o que é do outro, é o problema da propriedade privada em questão, o bem comum que perdeu seu lugar para o bem privado, peculiar, o capitalismo desenfreado que rouba a cena do que é moral, ético, sadio, frutífero. As relações sociais refletem uma profunda crise de identidade da modernidade, que na ambição de crescer a todo custo, não construiu em si alicerces firmes, antes se degradou pela sedução da medida do ter que nunca se enche, pela desenfreada busca pelo consumismo em que está inserida.
O que para nós tínhamos como referencia histórica e coletiva, como o bem maior que é a família, tomou forma de vulto fantasmagórico ao se deparar com o mundo que constrói para si seus próprios deuses, que denominaremos neste contexto de Baal. E a Igreja infelizmente não indiferente a esse contexto, e seguindo o rumo e o reflexo de suas famílias hoje moralmente afetadas pela ressaca histórica desse consumismo desenfreado, da perda de valores morais, do desconstruvismo social, intelectual, familiar, espiritual e emocional, com base no relativismo, em que tudo é validado pela experiência particular e genérica de cada um, como individuo, o homem passou a ser individualista na íntegra da questão peculiar, e assim, o coletivismo, o bem comum, o amor a Deus e ao próximo, tornou algo subjetivo, irreal, desnecessário, superficial e completamente descartável.
E nesse contexto em que vivemos Deus traz para nós algo bastante atual e pertinente acerca da nossa vida de adorador excelente.
Quem é esse tal de Baal?
Baal é um deus da antiguidade, muito adorado no mundo oriental, contra o qual os profetas bíblicos lutaram.
Mas hoje no nosso mundo moderno, Baal é nesse contexto, o nosso maior inimigo, por se tratar do individualismo desenfreado, em que todos nós comumente é seduzido ao nos deparamos com uma vitrine chamativa de uma loja de sapatos, roupas, jóias, aparelhos eletrônicos, ou um restaurante maravilhoso, requintado, ou uma viagem para a Itália, ou um carro 2010/2011, completo, vermelho ou preto, teto solar, direção hidráulica, tração nas quatro rodas, motor 200 cilindradas, ou uma casa branca, estilo europeu, paredes de vidro, com 6 quartos, mais dependência de empregada, duas cozinhas montadas, piso de tábua lavada, garagem para 4 carros, área para churrasco, salão de jogos, jardim planejado, grama verdinha, fonte luminosa, piscina com vários bangalôs, sauna, ou ainda um anel de ouro cravejado de diamantes, brincos de safira, colar de pérolas negras, pulseira cravejada de rubis cintilantes, enfim tudo aquilo que nos é atraente, sedutor, próprio do nosso sonho de consumo, a realizar, talvez a ilha do caribe de cada um.
O Baal de hoje, contudo, gera doenças irreversíveis na alma do homem e do mundo, pois obscurece o entendimento, rouba a sabedoria, destrói o alicerce familiar, e rotula as pessoas, e as distanciam umas das outras pelo que elas possuem, ou projetam de seus rótulos estereotipados.
Deus não recebe oferta suja, de animal impuro.
1. Se eu sou o Pai, onde está a minha honra?
No versículo 6. Deus não se agrada de adoradores mentirosos, falsos, profanadores, que dizem amá-lo contudo que negam seu nome, suas obras, seus feitos. Esses sacerdotes que o texto fala, ofereciam no altar, sacrifícios de animais doentes ou imperfeitos, invertendo, deste modo, os seus esforços, trazendo para si maldição e profanação, e tornando sujo algo que deveria ser puro.
2. Vós dizeis, em que desprezamos nós o teu nome?
Versículo 6 e 7. Desprezais, oposto de honrar e temer ao Senhor. Imundo significa impuro. Deus não é ofendido somente pelas impurezas cerimoniais, mas também pela atitude de menosprezo que se acha por traz de sacrifícios imperfeitos.
Muitas vezes temos sido como esses sacerdotes, tratando Deus com menosprezo, não valorizando suas obras, seu cuidado conosco, os livramentos visíveis invisíveis, as bênçãos recebidas, ignorado seu amor, seu zelo por nós, sua bondade.
E quando temos a oportunidade de agradecermos a Ele pelas suas obras, fazemos relaxadamente, mal feito, com menosprezo, louvamos nossas canções com tamanho individualismo que não conseguimos nos relacionar com Ele, lhe ofertando nosso louvor e adoração, através de frases de gratidão, e nem termos comunhão com os irmãos, porque não nos despimos de nossas roupas sujas, de ingratidão, de ignomínia, de desonra, e não conseguimos mergulhar na profundidade da adoração que agrada a Deus. Somos cantores técnicos, teóricos, potenciais, até cantamos no tom em harmonia, mas não com autenticidade, autoridade, amor, paixão.
Oferecemos sacrifícios imperfeitos, vazios, como que ao deus desconhecido! Trazemos animais cegos para sacrificar. A mesa do Senhor é desprezível.
3. Mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos.
Deus é o dono do Universo, o criador de todas as coisas criadas, o Todo Poderoso, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Médico dos médicos, o Mestre por excelência, o Juiz dos juízes, o Advogado por excelência, o grande Eu Sou e fora de mim não há outro Deus.
Nós suplicamos o favor de Deus, pedindo sua graça, mas nos achegamos a ele, como se Ele fosse alguém que além de não vermos, não acreditamos no seu poder, porque lhe tratamos como um qualquer, sem honra, sem glória, sem louvor. Por acaso, Deus se agradará de nós quando agimos com Ele com desprezo. Reproduzimos no nosso relacionamento com Deus, o mesmo desprezo que sentimos por alguém que não conhecemos.
Versículo 8, 9 e 10. Tomara que houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, nem aceitarei da vossa mão a oferta. É fogo estranho.
Deus nos conhece na íntegra da nossa essência, ele vê além do que é aparente e belo por fora, ele vê o conteúdo, as intenções, ele conhece nosso coração, ele vê nossos pensamentos e atitudes, com o próximo, ele vê o que é oculto e revelado.
Adoração se faz com santidade. (I Cr 16.29).
4. Mas desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome, e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor.
Citações: Sl 29.2, Sl 96.5, Sl 132.7, Mt 4.10, Hb 1.6, Ap 13.8, Ap 22.8.
Versículos 11, 12, 13 e 14. E dizeis: Que canseira! Deus preparou um banquete para você, pare para sentar-se à mesa, e comer das delicias da plenitude da presença de Deus!
Pureza se começa pelos olhos, se teus olhos forem bons todo teu corpo será luminoso (Mt 6.22). Deus procura adoradores que o adorem em Espírito e em Verdade.(Jo 4.24). Não precisamos fingir na adoração, por que será tão desprezível quanto a adoração a falsos deuses, precisamos sim sermos sinceros e quebrantados, nos derramarmos como oferta viva sobre o altar, que pode até está em ruínas, precisando de uma reconstrução, contudo acender um fogo vivo, e agradável a Deus.
Não se fadigue daquilo que Deus tem preparado para você, ele tem planos maiores para sua vida, pensamentos mais altos que os vossos pensamentos (Is 55:8). Arranque Baal das suas entranhas!
A mesa do Senhor é pura e tudo o que se oferece sobre ela também. O Senhor preparou para nós uma mesa neste lugar, nesse momento de entrega e conquista, oferte seu louvor, sua gratidão, sua adoração com inteireza de coração, e você receberá a benção do Senhor, e a resposta que precisa. Agora ouça bem, a resposta de Deus pode ser sim, não ou espere!
Erga um trono de adoração no seu coração ao Deus imortal, invencível ao Único Deus seja glória e louvor para todo o sempre na sua vida!